“É um caminho de felicidade, mas nem por isso deixará de ter barreiras, dificuldades, sofrimento. Diria até que, exatamente por ser um caminho de felicidade, tudo isso irá existir. Para trilhá-lo, deveremos ter três grandes graças: CORAGEM, RENÚNCIA E DISPOSIÇÃO para abraçá-lo.”¹
De dentro para fora... No amor, na verdade, no cuidado. Igualzinho a uma folha seca, aparentemente sem vida, mas, na verdade, tão viva que sabe responder, sabe se render, sabe dizer exatamente onde espera chegar, mesmo que esteja sendo levada. Sabe que é no vento, no abandono, na liberdade de ser arrastada pelo amor, pela providência.
Que obra nova é essa, Senhor? É amor, é dor, é a experiência da inutilidade, da secura, do vento, do outono, de dependência. É deserto, é manhã, é vontade. É certeza de um sim definitivo, mas que é provado no calor do sol. É também um olhar que se desvia, que faz perder a direção, a referência.
Algo aqui está morrendo, morre porque deve morrer, para que o novo brilhe. A obra nova, a saciedade, a via no deserto, a seiva na folha.
São as sementes que morrem no silêncio da terra. Morrem, ganham corpo e caminham para florir. Flores que só permanecem na memória, pois são frágeis e não foram criadas para durar. A única coisa que fica da primavera, na verdade, não é a beleza das flores, mas o que elas deixam dentro de mim.
Amor...
Ser e fazer
Amor
Partir e permanecer
Amor
Sorrir e chorar
Amor
Calar e cantar...
Amor
Perder e ganhar
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[1] Moysés Azevedo – Escrito Obra Nova
Um comentário:
Muito bom seu blog, Narlla!
Vc escreve super bem... e pra quem é Shalom consegue traduzir a beleza do carisma em poesia!!! Muito obrigado pelo seu dom. Shalom!
Seu irmão,
Rafael
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