quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Guerra

"Crescer custa, demora, esfola, mas compensa. É uma vitória secreta, sem testemunhas. O adversário somos nós mesmos". (Martha Medeiros)

Este ano eu declarei guerra aos meus limites. Propus também vencer algumas coisas que eu não admitia em mim mesma. Resultado: perdi a luta. Fui vencida.

A resposta é bem simples e eu a descobri recentemente: os meus limites não são problemas que necessitam de solução. E ponto.

Por isso, na minha guerra não havia uma tensão entre dois campos. Havia – e ainda há – uma tensão entre eu e o que eu nomeei, talvez involuntariamente, como adversário.

E assim, descobrindo que o primeiro passo para trabalhar um limite é acolhê-lo, eu inicio este novo ano litúrgico e, se Deus quiser, o novo ano civil, com uma pontinha de consciência do que preciso evitar e acolher daqui pra frente.

Como muito bem indica a frase acima, crescer compensa! E eu acolho esta perda, este fracasso diante dos meus limites como um crescimento. Esfolada, cansada e silenciosa, eu grito hoje que eu sou esta pessoa cheia de limites.

Certa vez, o grande amigo e confessor Pe. Eduardo Peters me disse que eu só poderia ser amada profundamente se eu me mostrasse verdadeiramente. É lógico que não farei aqui uma lista de virtudes, defeitos, pecados e aptidões para ser amada por vocês. Rsrs. A ideia não é essa.

Com isso, quero apenas dar a dica e dizer que hoje eu sou mais livre, mas segura para errar, mais serena para enfrentar os juízes nossos de cada dia.

É... Eu descobri que os meus limites não são problemas, meus queridos. Eles, na verdade, precisam ser acolhidos e trabalhados. Um limite acolhido e colocado diante de Deus é santidade em potencial. E é assim que tenho buscado viver. Não só os limites, mas também as virtudes, o reconhecimento de Deus e do outro. Tudo, de fato, é graça!

Até a próxima!

Shalom