domingo, 7 de novembro de 2010

Para sempre

Papa Bento, África, março de 2009.
“Por isso, não tenhais medo de tomar decisões definitivas. Generosidade não vos falta – eu sei! –, mas, perante o risco de se comprometer para uma vida inteira quer no matrimônio quer numa vida de especial consagração, sentis medo [...]
O mundo vive em contínuo movimento e a vida está cheia de possibilidades. Poderei eu dispor agora da minha vida inteira, ignorando os imprevistos que me reserva? Não será que eu, com uma decisão definitiva, jogo a minha liberdade e me prendo com as minhas próprias mãos? [...] Mas quando o jovem não se decide, corre o risco de ficar uma eterna criança [...] Eu digo-vos: Coragem! Ousai decisões definitivas, porque na verdade são as únicas que não destroem a liberdade, mas lhe criam a justa direção, possibilitando seguir em frente e alcançar algo de grande na vida.”

sábado, 24 de julho de 2010

Repetir

Começo indicando que neste texto não fiz questão de procurar sinônimos para evitar a repetição
das palavras.
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Hoje, pensando nas tantas vezes em que é preciso repetir uma palavra ou mesmo que alguém repita uma informação para mim, me pus a refletir no valor de uma repetição. A verdade é que esse pensamento mora em minha cachola há algum tempo. Tempo suficiente para repetir uma reflexão ou outra sobre tal ato, louvável e admirável: A decisão por repetir.

Quem não tem paciência de repetir, perde tempo. Se cansa... A vida pede repetições, os relacionamentos exigem recomeços, o “mais uma vez” e “mais essa” e “uma vez mais”. Vamos repetir o perdão. Não como coisa igual, sem novidade, sem a marca do amor. Quem repete com amor torna tudo novo. São setenta vezes sete, sete vezes o sete, setenta e sete vezes um milhão... É uma vida inteira, seja ela de um dia ou 100 anos. São infinitas repetições que constroem uma vida no amor, na verdade, para a eternidade.

Sim, fazer novamente a mesma coisa por alguém é oportunidade de amor, um ato de amor. Vejam os pais e mães quando precisam repetir infinitas vezes uma instrução às crianças pequenas, que estão aprendendo. O que seriam das famílias se não fosse a decisão em amar, em proporcionar o que só eles, os pais, poderiam dar aos seus filhos?

Existem coisas que os meus pais repetem com o mesmo amor há 24 anos para mim. Sejam palavras de afeto, conselhos ou broncas. O amor, além de impulsionar uma nova e livre decisão todos os dias, faz com que tudo seja novo! Faz aprender, faz ensaiar, purificar, olhar nos olhos. Repetir faz parte do ato de tornar puro, reconciliar, religar.

O que seria dos amigos se não estivessem dispostos a repetir gestos de atenção, de amor, de doação? O que seria dos casais se não estivessem dispostos a ensinar um ao outro como se aperta o tubo da pasta de dente ou a repetir infinitas vezes atos corajosos de amor e perdão? O que seria de nossos relacionamentos se na primeira oportunidade de repetir nos vemos cansados para um ato como este e desistimos do outro?

O que seria de nós se Deus não estivesse pronto e disposto a repetir a mesma coisa quando nossa memória, fragilizada pelo pecado, nos traísse? O que seria de mim se Ele não estivesse disposto a caminhar mesmo que eu insista em deixá-Lo?

Repetir com amor nunca é vazio, sem sentido. Repetir com amor é ver nascer a felicidade, a intimidade, é construir um cantinho “nosso” no outro e com o outro, é como colocar - a quatro mãos - os tijolos de uma casa edificada na Rocha. Quatro, seis, oito, dez mãos... Deus sabe de quantas mãos eu preciso para, na dinâmica das repetições cheias de vida, construir minha morada.

Eu digo e repito... Vale a pena recomeçar, repetir.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Obra Nova

“É um caminho de felicidade, mas nem por isso deixará de ter barreiras, dificuldades, sofrimento. Diria até que, exatamente por ser um caminho de felicidade, tudo isso irá existir. Para trilhá-lo, deveremos ter três grandes graças: CORAGEM, RENÚNCIA E DISPOSIÇÃO para abraçá-lo.”¹
De dentro para fora... No amor, na verdade, no cuidado. Igualzinho a uma folha seca, aparentemente sem vida, mas, na verdade, tão viva que sabe responder, sabe se render, sabe dizer exatamente onde espera chegar, mesmo que esteja sendo levada. Sabe que é no vento, no abandono, na liberdade de ser arrastada pelo amor, pela providência.
Que obra nova é essa, Senhor? É amor, é dor, é a experiência da inutilidade, da secura, do vento, do outono, de dependência. É deserto, é manhã, é vontade. É certeza de um sim definitivo, mas que é provado no calor do sol. É também um olhar que se desvia, que faz perder a direção, a referência.
Algo aqui está morrendo, morre porque deve morrer, para que o novo brilhe. A obra nova, a saciedade, a via no deserto, a seiva na folha.
São as sementes que morrem no silêncio da terra. Morrem, ganham corpo e caminham para florir. Flores que só permanecem na memória, pois são frágeis e não foram criadas para durar. A única coisa que fica da primavera, na verdade, não é a beleza das flores, mas o que elas deixam dentro de mim.

Amor...
Ser e fazer
Amor
Partir e permanecer
Amor
Sorrir e chorar
Amor
Calar e cantar...
Amor
Perder e ganhar

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[1] Moysés Azevedo – Escrito Obra Nova

sábado, 8 de maio de 2010

O Tempo Passa? Não Passa

Um dos poemas mais lindos e verdadeiros que já li....

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Carlos Drummond de Andrade


O tempo passa? Não passa
no abismo do coração.
Lá dentro, perdura a graça
do amor, florindo em canção.

O tempo nos aproxima
cada vez mais, nos reduz
a um só verso e uma rima
de mãos e olhos, na luz.

Não há tempo consumido
nem tempo a economizar.
O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.

O meu tempo e o teu, amada,
transcendem qualquer medida.
Além do amor, não há nada,
amar é o sumo da vida.

São mitos de calendário
tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário
é um nascer toda a hora.

E nosso amor, que brotou
do tempo, não tem idade,
pois só quem ama escutou
o apelo da eternidade.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Uma semana santa para nós

Não, muitas vezes nós não sabemos o que estamos fazendo, Senhor. Deixamos-Te sozinho, na cruz. Vivemos nossa vida, nossos assuntos, nossos planos e nem sequer convidamos-Te para um riso, uma festa, um pranto ou uma dor.
E Tu estás aí, a derramar Teu Sangue, Teu Amor.
Cansados da espera, cheios de medo, de pecado, de indiferença, não somos capazes de reconhecer a Tua Santíssima presença no pequeno, no miserável, no pobre, nos pequenos e belos detalhes dos nossos dias.
A Tua aparente fragilidade, o Teu aparente fracasso nessa cruz, Senhor, nos faz dividir o coração, nos faz temer a morte, a solidão. Nos faz temer que as Tuas promessas não sejam cumpridas. E assim, buscamos outros amores, buscamos facilidades, facilidades que não nos amadurecem, que não nos permitem viver coisa alguma em profundidade. Os imediatos resultados que logo passam, Senhor, não repousaram no leito de Tua misteriosa e belíssima Cruz... Os imediatos e miúdos sonhos, meu Amado Senhor, não satisfazem nossa alma e nos levam para longe de Ti, para longe da Verdade. Para longe do que fomos criados para ser. Para longe, Senhor... Para longe...
Ajuda-nos, Jesus, a viver esse caminho, que faz sangrar também o nosso coração, que purifica a alma, que corta, poda, que separa, unifica, quebra nossa lógica, desfaz nossos esquemas, que nos leva à uma morte, mas que gera vida para sempre.
Ajuda-nos, Jesus, pela Tua cruz, a louvar, a reconhecer-Te, mesmo ferido, desfigurado, e amar-Te.
Ajuda-nos, Senhor, a descobrir o louvor que só se dá a partir da cruz, para então, celebrarmos contigo, Esposo nosso, a vida verdadeira, plena e infinita.
Leva-nos Contigo para o leito nupcial da Cruz... Leva-nos Contigo para a Vida, Senhor.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Pauta de hoje

Eu nasci no Lago da Pedra, uma pequena cidade no interior do Maranhão. O médico que fez o parto da minha mãe, Dr. Arruda, era praticamente o único da região. Na verdade, meus pais moravam em Tarso Fragoso (outra cidadezinha que fica a, aproximadamente, 1000km de Lago da Pedra), só que lá não tinha hospital para eu nascer. Em Tarso Fragoso, cidade que fui morar quando completei 2 meses de vida, haviam somente quatro veículos. Segundo meus pais, minha mãe não enjoou muito quando estava grávida de mim, mas desejou comer mingau de puba e telha (de telhado).
A mesma placa que dizia "Seja bem-vindo a Tarso Fragoso" dividia o espaço com a mensagem de "Volte sempre", rs. Meu pai, gerente do único banco da cidade, não estava com minha mãe no momento do meu nascimento, embora desejasse muito. Quando eunasci, no Natal de 1985, ele, praticamente cortou o estado para ver a cara da princesa que ele tinha colocado no mundo. Entre um pau de arara e outro, a viagem demorou dois dias. Ele também viajou de ônibus. Mas assim que chegou no quarto já ouviu os meus berros.
Essa foi a pauta da reunião familiar de hoje à noite. O Sales, meu amado pai, completa 51 anos de vida hoje. Ele contou histórias e dividiu conosco uma garrafa de vinho do porto.
Digo sempre que não dá para contar a história da nossa vida sem falar da história de quem amamos.
Feliz Aniversário, pai. Eu te amo!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Elas são católicas pelo direito de decidir

Escrevi este em maio de 2009. Considerando que o assunto continua bombando, especialmente depois da assinatura do PNDH III, acho conveniente postar novamente.
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Elas são católicas pelo direito de decidir
Mas também são a favor do aborto, da utilização de métodos artificiais e abortivos para o planejamento familiar, o que elas chamam de “maternidade/paternidade responsável”. Elas são católicas, ou melhor, se dizem católicas. Se partirmos do pressuposto de que homens e mulheres são iguais em dignidade, mas diferentes em suas necessidades, atribuições e identidade, a luta pela tão sonhada igualdade dos sexos é vã.Reconheço a validade da luta de minhas irmãs pela garantia e efetivação de direitos particulares das mulheres. Isso faz toda diferença na vida das mães, das trabalhadoras, de mulheres que tem particularidades e, portanto, precisam de cuidados especiais. Não por serem menores, incapazes, mas pela missão pessoal e identidade que cada uma traz em si.Passeando pelo site das católicas, deparei-me com um artigo, [que pretendo comentar depois] da Sra. Déa Januzzi, repórter do Jornal Estado de Minas. Por hora, fico apenas com o seguinte trecho: “Vazio é ter doutrina voltada para o anteontem da vida”. Será que o conceito de vida foi mudado e ninguém me avisou? Será que estamos falando da mesma Igreja, do mesmo Jesus?
Quando vejo pessoas se manifestarem, sejam católicos, protestantes ou de qualquer denominação cristã, faço um esforço para imaginar o próprio Jesus aconselhando uma mãe a abortar o seu filho ou incentivando um casal a valer-se da pílula – método abortivo, uma vez que bloqueia o processo de nidação - implantação do embrião no endométrio.
Não dá, não faz sentido. Jesus, por ser Caminho, Verdade e Vida, jamais se utilizaria de ironia para atribuir a morte dos santos inocentes a uma solução coerente para os problemas do mundo. Os problemas são claros, e, de fato, não devem ser ignorados. São sérios e precisam de atenção e trabalho. Precisam do meu sim e do seu sim. Entretanto, qual é a relação entre a solução destes com o aborto? Seriam as crianças, os bebês, causadores da desordem na humanidade?
O tal feminismo cria uma pseudo-imagem de mulher para ser copiada. E nós mulheres ficamos seduzidas e encantadas com essa desproporção de valores. Como se fosse saudável e belo ser o que não se é. O caminho de liberdade interior passa pela Verdade.

No caso das católicas pelo direito de decidir, percebo aí, nada mais do que a falta de Deus. Uma carência tão grande que as fazem especialistas em evidenciar os erros dos padres, da Igreja. Especialistas em discursos pró-aborto, sensíveis ao ponto de confundir. Sim, assim como elas, muitos outros sedentos de Verdade, especializam-se em denunciar, macular. Especialistas em dizer que o grande problema do mundo é o fato dos padres não se casarem, as freiras não celebrarem missas ou um casal de pessoas do mesmo sexo não poderem ter sua união sacramentada diante de Deus, dentro da casa dEle. É... Esse deve ser o problema. O problema está todo na Igreja (?) - a tal doutrina voltada para o anteontem. Estão colocando palavras na boca de Deus. Será, mesmo?
Porventura Deus erra, é incoerente e tem Sua Verdade sendo adequada à nossa cegueira e falta de amor?Eu nunca ouvi dizer que o sacerdócio seja uma imposição para alguns homens. “Se você não se tornar padre, você morre”. Graças a Deus, o chamado ao sacerdócio, assim como para todos os estados de vida, é regido pelo amor e não pela lei. O celibato - que não se aplica somente aos padres - é um grande dom, uma graça. Para quem nunca ouviu dizer, o tal celibato é pelo Reino, pela minha e sua salvação. Uma adesão livre e decidida por entregar inteiramente a vida pelo serviço. Uma renúncia feita por amor, para o amor e no amor. Um matrimônio espiritual com o Esposo das Almas, que é muito mais concreto do que se pensa. Uma prefiguração do que todos nós viveremos na eternidade. Quem disse isso? Para quem se especializa em macular a Igreja, uma boa dica é ler a Bíblia.
Erros? Sim, e são muitos. Mas eu me pergunto... Será que todo mundo é perfeito? Se as senhoras católicas pelo direito de decidir são tão certas de que é legítimo abortar e partir para uma ação tão agressiva contra a doutrina católica, por que ainda se dizem católicas? É outro detalhe importante. Ninguém é obrigado a pertencer a esta Videira, mas convidado, chamado. As pessoas incomodam-se de tal forma com a postura da Igreja, como se fosse uma imposição, uma ditadura. De certo, se incomoda tanto, é bom buscar as raízes e os motivos.
Como católicas, elas, naturalmente conhecem a Mãe de Jesus. Evidentemente, não há como imaginar a Mãe de Jesus num panelaço desses gritando que defender a vida é legalizar o aborto e torná-lo mais seguro nos hospitais.A raiz do problema precisa olhada, também. Matar as crianças antes mesmo de nascerem vai, simplesmente, animalizar ainda mais a humanidade. Não se trata, primariamente, de excomunhão, de pecados e leis. Embora todo esse processo tenha por conseqüência a infelicidade eterna, é preciso olhar para a essencia do cristianismo: A vida e a dignidade humana.Dar passos em direção a essa realidade, certamente nos fará olhar com mais ternura para os que sofrem.Toda a realidade que contemplamos hoje é difícil, dolorosa, talvez indizível quando realmente nos deparamos com a dor alheia. Deus não tem um selo em Si que diz: Seus problemas acabaram! Mas é o único que pode mudar, transformar e ordenar toda e qualquer dor para o amor.

Eu nem terminei meu curso superior, não escrevo para nenhuma revista importante, nenhum jornal de grande circulação, não estudei fora do país e meu nome não é influente para que o meu texto tenha grande repercussão. Eu sou a Narlla Bianne Santos de Sales e o que me confere autoridade para deixar aqui estas palavras é a minha identidade - sou mulher -, meu batismo, minha decisão por Deus, minha Vocação, o simples fato de ser ramo desta Videira.
Ainda bem que minha mãe não me abortou...
Deus abençoe a todos e todas
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Links interessantes
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Para quem não sabe o que é a ONG Católicas Pelo Direito de Decidir, trata-se de uma organização, fundada nos Estados Unidos, pró-aborto, que agride publicamente a Igreja Católica. Defendem valores contra a vida, a família, a dignidade humana e, mesmo assim, estampam um rótulo cristão e humanitário.
Ou seja, não representam a posição da Igreja Católica Apostólica Romana.
Shalom!

domingo, 17 de janeiro de 2010

O tempo, meu amigo em 2010

Escrevi este texto em dezembro de 2008. Deus atualiza em mim a confiança, a esperança e vem me convidar a tomar novamente o tempo como meu amigo

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O tempo, meu amigo

Quantas vezes eu já ouvi falar em "tempo de Deus", "espera", "purificação"... Nomes, nomenclaturas, falas, dizeres. Conceitos para incentivar a abertura do meu coração diante do processo necessário - por tantas vezes inexplicado, sem o selo de validade - para que as construções dEle se fizessem reais no meu canteiro.
Tantas vezes acolhi o "tempo de Deus" como aquele que é alheio ao meu, distante, sempre diferente e, de tão distante, até prejudicial a mim.
Minha vida e o "tempo de Deus". O tempo de Deus, sem as aspas, e o meu tempo. O tempo dEle é o meu tempo. Não o tempo que escolhi para viver, o tempo que calculei, planejei, medi. Não. O tempo dEle é o tempo mais oportuno para mim. O tempo dEle, e meu também, é fator expressivo na construção da eternidade em mim. É o nosso tempo, o meu e o de Deus, porque Ele quer assim. É o meu tempo, porque este é submetido ao Amor dEle. Bendito tempo que proporciona a cura das feridas, o mapeamento do ambiente, a preparação da massa, a seleção dos tijolos.
O tempo que permite o olhar sobre as antigas construções, o tempo que - na destruição do velho - prepara, às vezes sem a minha permissão ou conhecimento, para o novo. O tempo que sugere a espera, espera que enlarguece, faz parar, faz partir, faz chorar e faz sorrir. A espera que nutre a esperança. A espera que movimenta meus passos em direção ao Mestre das Obras. Afinal, a Obra é do Alvener, mas é desejo dEle que eu suje as mãos, os pés e finalmente, o corpo todo. Não associando o verbo sujar a uma conotação negativa, mas sujar-se, envolver-se, tornar-me parte, uma coisa só. Ele quis assim, Ele quer assim. Quis tantas vezes que eu mesma ferisse a rocha para lá construir o que Lhe aprouvesse. Outras vezes, sob a ação do tempo, Ele mesmo, em ato de profundo amor, tornou mais profunda a fenda da rocha. Rocha tão bela, tão rude, tão fecunda. Rocha que recebe vida, a minha vida. Rocha que guarda exigências, sinais, profecias, respostas.

Sim, Senhor... O Teu tempo é o tempo meu. Tempo que me ajuda a olhar diferente, a amar diferente, a esperar diferente, a esperar por Ti e em Ti, somente. Neste tempo, neste amor, eu abraço as exigências e bênçãos que o Teu amor deseja nos dar.
Porque Tu és sempre sim. Mais uma vez, obrigada, Senhor.