quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Meus irmãos


Dizem por aí que hoje é o dia do irmão. Pois bem, decidi quebrar o gelo do blog para escrever sobre os meus irmãos. É muito interessante ver como o amor de duas pessoas – papai e mamãe – unido ao Belo Amor do Pai, Criador, fez surgir três criaturas tão diferentes e um quarto que não chegamos a conhecer, pois foi para o céu antes de nascer.

Quando eu me apresento, todo mundo acha graça do meu nome e nunca acerta de primeira. Quando eu digo o nome da minha irmã mais velha – Crísteni Ramaiana - é sempre um choque: onde seus pais arrumaram? É indiano, capadociano? O Júnior é o único normal, mas tem uma particularidade: mamãe se chama Antonia, papai se chama Antonio e o caçula... Antonio Junior, por que não? Rs.

No dia do irmão eu quero dizer aos meus que eles são mais que queridos, mais que amados. E eu daria a minha vida por eles.
A Maia (apelido carinhoso, pois quando eu era bebê, não conseguia pronunciar o nome dela, rs) com a sensibilidade que lhe é peculiar, a maternidade que exala pelos poros e os escândalos normais de cada dia, sempre cuidou de mim como filha. Ah, como foi difícil quando ela decidiu se casar com o Alexandre. Era tanto choro dentro de casa que fiquei com receio que meu cunhado entrasse em crise, achando que, ao se casar, estaria fazendo um mal à família. Mas logo, logo ele entendeu que é assim mesmo. As mulheres lá de casa conhecem o valor das lágrimas. Na alegria e na tristeza.
O Júnior com a alegria e a liderança, arrasta multidões e sempre me faz sentir a irmã mais velha da casa. Cresceu muito, ficou gatão, charmosão, todo xompis...  Eu não tenho ciúme dele, rs. É só cuidado de irmã. E rezo para que ele descubra a vontade de Deus. Se não virar padre ou celibatário, que encontre uma esposa bem bonita e santa. Mas o caçula miserável sabe exatamente o que fazer para não me deixar dormir,  ou para me fazer a irmã mais convencida - ah, o meu irmão é lindo! - sabe também que eu sou a irmã do meio por causa dele e que foi duríssimo acolher sua chegada quando eu vivia um reinado de 7 anos como filha caçula. Depois de limpar o seu cocô e aprender a cuidar do meu irmão mais novo, eu entendi melhor o que é o amor. Obrigada, Juninho, pela sua alegria, sinceridade, sua vontade de acertar. 
Com eles eu aprendi a amar, a dividir os lanches mais gostosos e emprestar aquela roupa que ganhei ontem, nem usei ainda. A pedir perdão... Ah, como foi importante brigar, bater, apanhar e, no meio da briga, ser obrigado a dar beijo, a abraçar e pedir desculpas. Já fiz os meus irmãos apanharem, já apanhei por causa deles. Já briguei com eles e por eles.



Com eles eu ainda estou descobrindo a riqueza que é a nossa família, nossa civilização de amor. Temos também um irmãozinho no céu, que não chegou a nascer por conta de um aborto natural.  Hoje eu compreendo que até nisso Deus cuidou de nossa família... Um intercessor no céu, que nunca cheguei a ver, nem os meus pais, mas que Deus assim quis. Chamou meu irmão pro céu antes mesmo de nascer porque sabia que, para que fôssemos uma família santa e, portanto, feliz, era preciso de um membro ali, colado com Deus. Para nos assistir e orar por nós.

Obrigada, meus irmãos. Eu amo vocês.