terça-feira, 6 de maio de 2008

A Inominável...

de Cecília Meireles

Leve... - Pluma... Surdina... Aroma... Graça...
Qualquer coisa infinita... Amor... Pureza...
Cabelo em sombra, olhar ausente,
passa como a bruma que vai na aragem presa...
Silenciosa. Imprecisa.
Etérea taça em que adormece luar... Delicadeza...
Não se diz... Não se exprime... Não se traça...
Fluido... Poesia... Névoa... Flor... Beleza...
Passa... - É um morrer de lírios...
Olhos quase fechados... Noite... Sono...
O gesto é gaze a estender-se, a alargar-se...
- E enquanto vão fugindo aos passos teus,
Visão perdida, chovem rosas e estrelas pela vida...
Silêncio! Divindade! Iniciação!

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Deus construiu - constrói - e sugeriu-me a melhor parte, e eu optei por ela. Essa não me será tirada.

:-)

Um comentário:

Taís Matos disse...

Oh, amiga, que poema mais líndrico de Cecília! ;)

Nossa, amiga, ontem eu dormi muito. Cheguei em casa e dormi às 20h. Pra ver o tanto que estava cansada!No outro dia não fui pra aula! E realmente, é restaurador!

Bom fds!
Beijinhos e pão de queijo na quinta!