“Vô, aqui é o seu passarinho... A Narllinha.”
Depois de dizer isso, cantei para ele e me despedi.
Uma vida coroada pela oferta de si, um matrimônio lindo, um exemplo de fidelidade a Deus, aos momentos, à santidade, à eternidade. Meu avô era homem de acordar às 5h da manhã para rezar o terço com a minha avó, quando ela era viva. Homem de muita fé, homem que vivia o silêncio de José.
Ele e minha avó foram cúmplices, amantes, pais, avós... Junto com os meus pais, foram meus educadores na fé e me ensinaram as coisas mais belas que tenho em mim hoje. Minha avó me ensinou que tudo passa, independente da minha pressa e meu desejo de perfeição, quem estava no comando era Deus.
E do meu avô, a grande lição que eu levo é a paciência e o silêncio puro e casto de quem sabe onde colocou a esperança.
Nos olhos do passarinho, muitas lágrimas. No canto, um grande louvor.
Louvor, louvor, louvor...
Bendito seja o Senhor da Vida, o Autor da Vida!
Obrigada, meu Deus, por ser parte de alguém que está Contigo agora.
Muito obrigada!