sexta-feira, 10 de abril de 2015

Quando as frutas me fazem chorar


“Uma mãe não se limita a dar a Deus o seu coração, mas o sacrifício vivo de seu corpo. [...] Sacrifícios que fazem parte do sim dado à maternidade e convites concretos de Deus para fazer crescer a dependência Dele!” Kimberly Hann em O amor que dá a vida 


 Após seis meses de aleitamento materno exclusivo e sob livre demanda, estamos nos preparando para o alimento sólido. Pensar em mais esta etapa enche meu coração de gratidão e também de receio: estou consciente de que a partir de agora ele necessita de mais alimento, mas também estará propenso a doenças, viroses etc. Um ciclo natural da vida: da minha, da nossa, da vida dele.

Só sei que antes de esta experiência me atravessar, eu jamais choraria emocionada por imaginar que o meu amor de entranhas vai comer uma pêra! Rs Sim, pensar em maçãs, bananas, pêras, verduras, copos, talheres... Isso tem mexido comigo.

É mais um passo na sua independência... Passo que vai abrindo uma ferida de generosidade e gratuidade: estamos gerando filhos para a eternidade, não para este mundo e muito menos para nós mesmos. Essa ferida precisa mesmo ser aberta, precisa sangrar, precisa, então, se tornar uma chaga gloriosa e emanar vida. Só assim este caminho faz sentido. Só assim eu trilho um caminho de luta para que a minha maternidade seja livre, gratuita, fecunda.

Ah, caminho feliz! Cheio de ternura, que me faz encontrar energia onde não aparenta ter, que me faz ver beleza na escassez, que me faz encontrar paciência no esgotamento. Por ora, muito sono, mas uma via sempre aberta para o sustento da graça de Deus.

Até a próxima.
Shalom!

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